< Voltar

A história das semideusas Amadamata e A Má da Mata.

A história do Refúgio Ecológico Amadamata remete aos antigos tempos onde o mundo era habitado não somente pelos homens, animais e plantas, mas também pelos antigos deuses e seres mágicos que andavam pelas terras que conhecemos hoje. E o que o Refúgio Ecológico Amadamata tem por dentro de toda essa história antiga? Bom, é um conto muito interessante, que foi usado pelos donos da pousada para fazer com que seus filhos se aventurassem com segurança pela área do sítio.

Esta fábula conta com a presença do Deus grego Zeus, o Supremo do Olimpo, Deus dos Raios e Trovões, que ao dar suas voltinhas pelo mundo, acabou aventurando-se pelas antigas terras do Sertão de Macacu, hoje em dia Macaé de Cima, em Nova Friburgo. E, em um de seus passeios, Zeus acabou encontrando uma índia, a mais linda da Tribo dos Índios Puris, primeiros habitantes destas terras, muito antes dos portugueses e dos colonos suíços.

Pelas tardes ou manhãs de todos os dias Zeus saia de seu trono no Monte Olimpo e vinha direto ao encontro de sua amada. Eles caminhavam por toda a mata e tomavam banho em vários poços do Rio Macaé, subiam até o topo das montanhas quem compõem a serra do mar e admiravam a natureza até o sol se por, pois já era a hora em que eles se despediam e iam para seus lares.

Esta rotina perdurou durante muito tempo, até que Zeus já desgastado e estressado com os ciúmes e agressividade de sua esposa, a deusa Hera, decidiu deixar sua querida índia brasileira. Hera é a deusa protetora dos casamentos e punia severamente as amantes de seu marido e os herdeiros concebidos fora do casamento.

Com tamanha preocupação sobre o risco de vida que a índia corria, e para não permitir que ela ficasse sozinha, Zeus deixou duas semideusas no ventre de sua amada, desta forma ela poderia estar mais protegida quando suas filhas nascessem. E assim seguia o planejamento de Zeus, que no seu último encontro com a índia contou o que estava acontecendo. Falou sobre as suas duas menininhas que iriam nascer e deu o último beijo em sua amada. Porém mal ele sabia que Hera o havia seguido, e em forma de pássaro ouvira toda a conversa.

Hera estava furiosa, mas conseguiu esperar Zeus ir embora para poder assim lançar um feitiço sobre a pobre índia Puri. Hera decretou que uma das gêmeas semideusas seria muito malvada, cruel e impiedosa. Tudo isto para fazer com que ela tivesse dificuldades em criar suas duas filhas quando elas nascessem.

Passados  nove meses a índia deu à luz as duas meninas a beira do Rio Macaé e, no próprio dia do nascimento, já fora possível perceber que uma delas era má e a outra era bondosa. Sendo assim a semideusa de espírito mais nobre se chamaria Amadamata e sua irmã de espírito tirânico teria o nome de A Má da Mata.

Estas duas semideusas eram fortes e ágeis e viviam pelas matas. Eram verdadeiras guardiãs da floresta e dos animais, mas A Má da Mata gostava de pregar peças em qualquer pessoa que se aventurasse por seu território, por isso Amadamata sempre andava a cuidar das pessoas para que não caíssem nas armadinhas de sua irmã.

Esta é então a história que o casal Carlos e Carla Pinho sempre contava a seus filhos que quando pequenos deveriam tomar cuidado ao caminhar e brincar pelo sítio. Este conto lúdico também deu origem ao nome do Refúgio Ecológico, que homenageia a semideusa Amadamata, menina de bom coração e protetora das pessoas que querem apreciar a natureza de Macaé de Cima.

 

images sriimg20070725-8054564-0-data indios puri em são fidelis

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *